Amanhã haverá o primeiro turno das Eleições gerais, na qual escolheremos representantes para o Poder Executivo e Legislativo, em níveis nacional e estadual, e é dever do católico participar deste momento importante para a sociedade. A Igreja Católica, através do seu Catecismo, nos ensina que “é dever dos cidadãos com os poderes civis para o bem da sociedade, num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade” (CIC 2239). Em períodos em que o cidadão tem se desiludido com a situação política do Brasil, Papa Francisco nos recorda que “envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, cristãos, não podemos nos fazer de Pilatos e lavar as mãos. [...] Devemos nos envolver na política porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, porque ela procura o bem comum” (Papa Francisco 07/06/2013). É necessário, portanto, que o católico participe ativamente do processo democrático, escolhendo em quais representantes deve se votar, analisando suas propostas, suas condutas, seu partido político, seus posicionamentos e seus trabalhos na sociedade. À luz de sua Doutrina Social, a Igreja Católica salienta seu compromisso com a dignidade humana. Na visão da Igreja, o ser humano deve ser o fundamento e fim da comunidade política, devendo “esforçar-se, antes de mais nada, pelo reconhecimento e pelo respeito da sua dignidade mediante a tutela e promoção dos direitos fundamentais e alienáveis do homem.” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja nº 388). Ao escolher um candidato, certifique-se do seu posicionamento em defesa da dignidade humana, em todas as etapas da vida. Escolha um candidato que esteja alinhado com a visão católica de compromisso com a sociedade, visando o bem comum. Dom Juventino também pontua a importância de não exercer seu papel de cidadão apenas nos dias de eleição, mas sempre. “A cidadania, no entanto, não se esgota no voto. É preciso continuar acompanhando os eleitos, cobrando-lhes o cumprimento de seu dever de servir o povo, através de conselhos municipais e fóruns de cidadania, entre outros.” (Dom Juventino Kestering, 28/09/2018). Envolver-se na política é necessário e primordial para a manutenção da sociedade e desenvolvimento social, econômico e político do Brasil. “O bem maior do País, para além das ideologias e interesses particulares, deve conduzir a consciência e o coração tanto de candidatos, quanto de eleitores” (CNBB, Eleições 2018: Compromisso e Esperança). Peçamos a intercessão de São João Bosco.
Texto de Maria Clara, Paróquia São João Bosco.
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